A produção da indústria brasileira teve em janeiro o melhor
resultado desde julho de 2013, com avanço de 2% em janeiro na comparação com o
mês anterior, quando registrou queda de 3,2% em dezembro, segundo dados
revisados, divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física
(PIM-PF), a alta foi puxada principalmente por alimentos, que cresceu 3,9% no
mês. Na comparação com dezembro, 13 dos 24 ramos tiveram aumento na produção. A
expansão em relação a dezembro foi influenciada por duas das quatro grandes
categorias econômicas, que são bens de capital (máquinas que fabricam outras
máquinas) e bens intermediários, ou seja, matérias-primas que passam por um primeiro
processo básico de industrialização.
Detalhamento
A expansão de 2,0% da atividade industrial na passagem de
dezembro de 2014 para janeiro de 2015 mostrou resultados positivos em duas das
quatro grandes categorias econômicas. Entre os setores, o principal impacto
positivo foi registrado por produtos alimentícios, que avançou 3,9%, eliminando
parte da perda de 4,5% acumulada nos meses de novembro e dezembro últimos.
Outras contribuições positivas importantes sobre o total da
indústria vieram das atividades de máquinas e equipamentos (7,6%), metalurgia
(5,4%), indústrias extrativas (2,1%) e máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (9,0%).
Com os resultados desse mês, o primeiro interrompeu quatro
meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de
12,0%; o segundo recuperou parte da redução de 6,0% verificada entre outubro e
dezembro últimos; o terceiro assinalou o segundo mês seguido de crescimento na
produção, acumulando nesse período expansão de 3,0%; e o último eliminou parte
do recuo de 9,8% registrado entre setembro e dezembro de 2014.
Entre os 11 ramos que reduziram a produção nesse mês, os
desempenhos de maior importância foram assinalados por coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,8%), perfumaria, sabões,
detergentes e produtos de limpeza (-4,8%) e confecção de artigos do vestuário e
acessórios (-5,8%). Com exceção do primeiro setor, que mostrou taxa negativa
pelo terceiro mês seguido e acumulou perda de 9,7% nesse período, as demais
atividades apontaram resultados positivos em dezembro último: 1,9% e 7,7%,
respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação
com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao avançar 9,1%, assinalou a
expansão mais acentuada em janeiro de 2015, influenciada principalmente pela
maior produção de caminhões, após a concessão de férias coletivas em várias
unidades produtivas no mês anterior.
Esse crescimento foi o mais intenso desde julho de 2014
(14,7%) e recuperou parte da redução de 13,4% acumulada entre outubro e
dezembro últimos. O segmento de bens intermediários (0,7%) também mostrou taxa
positiva nesse mês e interrompeu o comportamento predominantemente negativo
presente desde setembro de 2014, período em que acumulou perda de 2,6%. Os setores
produtores de bens de consumo duráveis (-1,4%) e de bens de consumo semi e não
duráveis (-0,3%) registraram os resultados negativos em janeiro de 2015, com
ambos apontando o quarto mês consecutivo de queda na produção e acumulando
nesse período redução de 8,2% e de 4,3%, respectivamente.
Taxa anualizada
Na série sem ajuste sazonal, na comparação com igual mês do
ano anterior, o total da indústria apontou redução de 5,2% em janeiro de 2015,
11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.
Segundo o IBGE, a taxa anualizada, indicador acumulado nos
últimos 12 meses, com o recuo de 3,5% em janeiro de 2015, “manteve a trajetória
descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo
mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%)”. Em novembro de 2014, o recuo da
produção industrial foi de 1,1%.
A publicação completa pode ser acessada pelo link:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr/default.shtm.
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE
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