A cidade de Angra dos Reis está intensificando as ações de
enfrentamento à dengue. O município enfrenta neste momento, índices altos de
infestação do mosquito nos bairros Parque Mambucaba e Vila do Abraão, na Ilha
Grande. A mobilização da Prefeitura de Angra é coordenada pela secretaria de
Saúde e inclui esforço de agentes de controle de endemias, conscientização e
apelo à mobilização da própria população, importantíssima nessa luta. Outros
organismos da Prefeitura também integram as ações, inclusive as secretarias de
Educação, de Obras e Serviços Públicos, de Assistência Social, a Defesa Civil e
o Saae/Angra e a Fundação de Turismo.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, esclarece
que, além desses mutirões, a região de Mambucaba e os outros bairros da cidade
recebem constantemente as ações de vigilância para neutralizar a ação do
mosquito transmissor da doença. Em 2014, a ação de mobilização e vigilância,
combinada com fatores climáticos e a participação da população, culminaram com
a ausência de epidemia da doença no verão.
- As nossas equipes realizam semanalmente o tratamento de
pontos estratégicos, o que inclui inspeção, eliminação e tratamento focal e
borrifação com máquinas nesses pontos. Todos os imóveis que possam conter
grande número de locais passíveis de se transformar em criadouros devem ser
considerados pontos estratégicos, inclusive borracharias, oficinas, cemitérios
e locais de armazenagem de recicláveis - explica o secretário.
Os dados mais recentes da Vigilância em Saúde, indicam que o
Parque Mambucaba está neste momento com ambiente vulnerável à dengue por causa
do grande número de estabelecimentos do tipo ‘ferros-velhos‘, espaços de
armazenamento de material reciclável, caixas d‘água descobertas, casas de
veranistas fechadas e terrenos baldios abandonados, onde a população,
inadequadamente, deposita lixo e entulho. Dos 366 casos suspeitos da doença no
município, 257 estão no Parque Mambucaba, e, dos 48 casos confirmados da doença
em Angra este ano, 38 são de moradores do bairro. A Vila do Abraão teve 25
casos notificados e 5 casos confirmados.
As acões da secretaria de Saúde são contínuas e de
vigilância, incluindo visitas domiciliares e Levantamento de Índice Rápido para
Aedes aegypti (LirAa). O último LirAa foi realizado em janeiro e alcançou
índice de infestação predial igual a 1,6%, ou seja, 16 de cada mil casas
visitadas tinham larvas do mosquito, índice classificado como ‘alerta‘. Em
Mambucaba, no entanto, o mesmo índice está em 2,7%.
Sempre que um caso suspeito de dengue é notificado, uma
equipe da Saúde é acionada e, juntamente com os agentes de visita domiciliar,
realiza um bloqueio num raio de até 300 metros do imóvel do paciente suspeito
de portar a doença. Esse bloqueio é seguido de diversas ações. Na semana
passada foi instalada ainda uma sala de situação da dengue, envolvendo a
sociedade civil e instituições públicas para apresentar o cenário
epidemiológico, discutir os principais desafios e dar encaminhamentos sobre o
enfrentamento da situação.
Na terça-feira, 10, as equipes de Vigilância em Saúde também
estiveram na Vila do Abraão, na Ilha Grande, onde, em visita às residências,
constataram que o principal criadouro do mosquito da dengue é o descarte
irregular do lixo. Os agentes também fizeram aplicação do fumacê e tratamento
local.
A Prefeitura de Angra também mantém um serviço telefônico
para troca de informações, denúncias de locais possíveis de criadouro ou
sugestões. O número do Disque-Dengue é o (24) 3377-7808.
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS
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