sexta-feira, 20 de março de 2015

NOVA TÉCNICA PROMETE IMPRESSÃO 3D ATÉ CEM VEZES MAIS VELOZ


Uma nova tecnologia de prototipagem rápida pode tornar real a manufatura de produtos com o uso da impressão 3D. Batizada como Continuous Liquid Interface Production (produção contínua em interface líquida), ou Clip, a técnica promete ser entre 25 e cem vezes mais veloz que as impressoras atuais, que usam o método camada por camada.

— A tendência da indústria é aumentar a velocidade — diz Luiz Fernando Dompieri, gerente para a América Latina da 3D Systems, maior fabricante de impressoras 3D do mundo. — Máquinas mais velozes, com qualidade, podem mudar o paradigma da prototipagem para a produção.

Impressoras 3D são usadas hoje para a confecção de protótipos para a indústria, com impressões em diversos materiais, como metal, cerâmica, plástico e até chocolate. Aplicações médicas também estão em alta, mas a velocidade ainda é um obstáculo. Em média, as máquinas imprimem 10mm de altura por hora.

Em vez da deposição de material camada por camada, a nova técnica, apresentada esta semana pela start-up americana Carbon 3D, manipula luz e oxigênio para moldar objetos em um meio líquido usando reações fotoquímicas. O processo funciona com o equilíbrio correto entre feixes de luz — que solidificam a resina — e o oxigênio, que inibe a solidificação.


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O resultado é impressionante. O objeto surge da bandeja em questão de minutos. Segundo Joseph DeSimone, diretor executivo da Carbon 3D, a inspiração veio do robô T1000, do filme “Exterminador do Futuro”, capaz de alterar o seu formato. Mas ainda não há data de lançamento definida, nem preço estimado.

As peças têm resolução de até 20 micrômetros, menos de um quarto da espessura de uma folha de papel, tornando possível a impressão de formas geométricas inalcançáveis pelas máquinas atuais, o que abre oportunidades em diversos campos da indústria e, sobretudo, na medicina.

— O Clip permite que façamos objetos mais resistentes, como stents coronários personalizados para as necessidades de cada paciente — disse DeSimone. — Não é impossível que nos próximos anos implantes dentários ou protéticos sejam impressos em 3D, sob demanda, em ambientes hospitalares.



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FONTE: JORNAL O GLOBO






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