O crescimento do público feminino no mercado de trabalho é
evidenciado pelos dados da última Relação Anual de Informações Sociais (RAIS
2013) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em um recorte por gênero, os dados evidenciam que, em 2013,
o nível de emprego da mão-de-obra feminina cresceu 3,91%, ante um aumento de
2,57% para os homens, uma diferença de 1,34 pontos percentuais.
Os dados revelam ainda uma continuidade no processo de
elevação da participação das mulheres no mercado trabalho formal, que passou de
42,47% em 2012 para 42,79% em 2013.
Embora ainda persista uma dissonância entre a
representatividade das mulheres na População em Idade Ativa, essa diferença vem
reduzindo ao longo dos anos.
Escolaridade
Em uma análise por grau de instrução, por exemplo, os dados
apontam um aumento significativo da participação das mulheres no mercado de
trabalho formal no País.
Com exceção do Ensino Médio, as mulheres vêm ganhando espaço
no mercado formal, tendo sua participação alcançado 52,17%, nos níveis de Instrução
Superior Incompleto e 58,93% nos níveis de Instrução Superior Completo.
Rendimento médio
Outra evidencia na RAIS que favorece o público feminino se
refere aos rendimentos médios. O rendimento dos homens cresceu 3,18%,
percentual inferior ao obtido pelas mulheres (3,34%) em 2013, dando
continuidade a uma trajetória de crescimento no rendimento feminino.
Em 2012, o rendimento médio das mulheres alcançou R$
1.953,19 contra R$ 2.375,59 dos homens. Em 2013, esse valor para as mulheres
chegou a R$ 2.018,48, diante de R$ 2.451,20 dos homens.
Em 2013, a taxa de crescimento do rendimento médio do homens
foi inferior à taxa de 2012, enquanto as mulheres tiveram um aumento de 0,72%.
Em 2012, os valores verificados foram
3,35% e 2,62% para o gênero masculino e para o feminino,
respectivamente.
O percentual de ganho real maior para as mulheres, em 2013,
aponta para uma retomada na curva de crescimento da participação do rendimento
feminino após leve queda em 2012. Nos anos antecedentes, o valores foram: 82,78% em 2010; 82,80% em 2011; 82,22% em
2012. Já em 2013, o percentual foi de 82,35%.
Outro dado que chama a atenção na RAIS são os estoques de
trabalhadores aprendizes, que evidencia um crescimento significativo da
participação feminina nesse setor específico.
Enquanto em 2003 essa participação era da ordem de 18.426
homens contra 9.217 mulheres; em 2013, existiam 157.285 mulheres, sendo 169.769
homens no mercado formal. Ou seja, percentualmente, enquanto em 2003 a
participação feminina era praticamente a metade dos homens; em 2013, essa
diferença é mínima, tendo crescido significativamente ao longo dos anos.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
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