Neste sábado, 11 de Outubro, foi comemorado o Dia Nacional de
Prevenção da Obesidade, segundo consta na Lei nº 11.721, de 2008. Combater e
prevenir são ações urgentes diante de um problema que vem adquirindo proporções
epidêmicas. Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015,
cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões
serão obesos. Atualmente, já são 2,1 bilhões de pessoas nesta condição, o que
representa quase 30% da população mundial, de acordo com a revista científica
The Lancet.
O Brasil, pela primeira vez em oito anos, conseguiu
estabilizar as taxas de sobrepeso e obesidade, de acordo com a pesquisa Vigitel
2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico). De acordo com o levantamento, 50,8% dos brasileiros
estão acima do peso ideal. Destes, 17,5% são obesos. Homens têm mais excesso de
peso do que as mulheres - 54,7% contra 47,4%.
Apesar da estabilidade dos índices, o estudo mostra a
existência de diversos hábitos alimentares inapropriados da população. Um deles
é o índice que mostra quantos brasileiros (12,6% dos homens e 19,7% das
mulheres) tem o hábito de substituir o almoço ou o jantar por um lanche de
baixo valor nutritivo, como pizzas, sanduíches ou salgados.
Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de
gordura saturada: 31% da população não dispensam a carne gordurosa e mais da
metade (53,5%) consome leite integral regularmente. O refrigerante também têm
consumidores fiéis: 23,3% ingerem esta bebida, no mínimo, cinco dias por
semana.
De acordo com especialistas, o indivíduo obeso fica
vulnerável a uma série de complicações, entre elas, o diabetes tipo 2, as
doenças relacionadas com o aumento de gordura no sangue (como as
cardiovasculares, que incluem o infarto do miocárdio), a hipertensão arterial,
a gota, apneia do sono e a infertilidade.
Hábitos alimentares saudáveis
Além de praticar exercícios físicos com regularidade, é
importante estar atento ao que vai no prato. A alimentação adequada e saudável
inclui o consumo de diferentes alimentos e de água, que desempenha papel
fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo. A necessidade
ideal de água não é a mesma para todas as pessoas. Ela está relacionada ao
clima, a massa corporal, ao consumo alimentar, a atividade física e aos hábitos
adquiridos desde a infância.
Grupos alimentares essenciais
Carboidratos
Alimentos com alta concentração de carboidratos, como os
grãos (incluindo arroz, milho e trigo), pães, massas, tubérculos (como as
batatas e o inhame) e raízes (como a mandioca) de forma geral são fontes de
carboidratos complexos e fibras alimentares, mas também contêm vitaminas,
minerais e proteínas.
O açúcar não é necessário ao organismo humano, pois pertence
ao grupo dos carboidratos simples e a energia fornecida por eles pode ser
obtida por meio dos carboidratos complexos (amidos).
Frutas, legumes e verduras
Devem ser consumidos diariamente. Esses alimentos são fontes
de fibra alimentar, vitaminas e minerais. O incentivo ao consumo concentra-se,
principalmente, em suas formas naturais. Produtos com alta concentração de
açúcar, como geleias de fruta, bebidas com sabor de fruta e vegetais em
conserva, com alto teor de sal, não fazem parte desse incentivo.
Vegetais ricos em proteínas
Particularmente os cereais integrais, as leguminosas, como
os feijões, e também as sementes e castanhas são fontes de fibra alimentar,
vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e outros minerais, além de pequena
quantidade de gordura do tipo insaturada.
Alimentos de origem animal
Incluir pequenas quantidades de carne de gado, porco, peixe,
aves, ovos e também leite, queijo e iogurte, preferencialmente desnatados ou
com baixos teores de gordura. Esses alimentos são fonte de ferro, cálcio e
vitamina B12 (exclusiva de produtos de origem animal).
Uma alimentação vegetariana adequada pode ser capaz de
atender às necessidades nutricionais. Ao optar por uma alimentação vegetariana,
é importante o acompanhamento com nutricionista para garantir a apropriada
substituição e combinação dos alimentos e não aumentar o risco à saúde por
inadequação alimentar.
Alimentos fontes de gordura
As gorduras são fontes de ácidos graxos essenciais e de
vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), que necessariamente devem ser veiculados
pelos alimentos, pois o organismo não pode produzi-los. Assim, todos os seres
humanos precisam de fonte de gordura, de preferência insaturada (mono e
poli-insaturada). A gordura saturada, presente em alimentos de origem animal,
aumenta o risco de dislipidemias (alterações dos níveis das gorduras no sangue)
e doenças cardíacas.
É melhor evitar!
Refrigerantes, biscoitos, salgadinhos de pacote e refeições
prontas para aquecer possuem elevada densidade energética (calorias), são ricos
em açúcar, gorduras (principalmente trans) e/ou sódio e possuem
características, como alta palatabilidade e conveniência, que favorecem o
consumo excessivo de calorias, aumentando o risco de obesidade. Por isso, seu
consumo deve ser evitado.
Vale a pena ressaltar que nenhum alimento específico ou
grupo deles isoladamente é suficiente para fornecer todos os nutrientes
necessários a uma boa alimentação e, consequentemente, manutenção da saúde.
Alimentação de crianças
Para evitar que se tornem adultos obesos ou com excesso de
peso, os pais devem ficar alerta e combater a obesidade infantil,
principalmente nos primeiros anos de vida. A publicação do Ministério da Saúde
‘Dez Passos para uma Alimentação Saudável’ recomenda que os pais evitem dar às
crianças de até dois anos alimentos industrializados, enlatados, embutidos e
frituras, com gordura e sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais.
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Fontes:
Ministério da Saúde
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