Vinte e cinco anos de pesquisa e desenvolvimento, um foguete
de 46 metros de altura e 250 toneladas como condutor, 778 km para subir e 12
minutos para entrar em órbita. Esses são alguns dos números do satélite
CBers-3, com lançamento marcado para a madrugada de segunda-feira (9).
O equipamento, voltado a sensoriamento remoto para diversos
fins, será levado ao espaço por um foguete chinês, o veículo lançador de longa
marcha CZ-4B. O lançamento está previsto para 1h26 (horário de Brasília; 11h26
em Pequim) e já tem contagem regressiva nos sites da Agência Espacial
Brasileira (AEB/MCTI) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCTI). A operação será realizada no Taiyuan Satellite Launch Center, a
280 km de Taiyuan, capital da província de Shanxi, no norte da China.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio
Raupp, estará presente, assim como o presidente da AEB, José Raimundo Braga
Coelho, e o diretor do Inpe, Leonel Perondi. Doze técnicos do Inpe participam
dos ensaios, testes e simulações no país asiático há dois meses.
“Aqui no instituto, devemos estar em 40 ou 50 pessoas
acompanhando esse momento”, diz o coordenador de Aplicações do Programa
Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (em inglês, China-Brazil Earth
Resources Satellite, de onde vem a sigla CBers), José Carlos Epiphanio. A
iniciativa bilateral começou em 1988.
O CBers-3 completará uma volta em torno do planeta a cada
100 minutos – cerca de 14 vezes por dia. De 26 em 26 dias passará sobre o mesmo
local.
A previsão é que as primeiras imagens demonstrativas sejam
geradas na próxima semana. A estabilização do satélite deve levar sete a oito
dias desde a partida, explica Epiphanio. E mais 80 dias para a fase de
comissionamento, em que se fazem os ajustes finos. “Aí começa a operação
mesmo.”
FONTE: PORTAL BRASIL
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