Em coluna semanal, a presidenta Dilma Rousseff responde
pergunta sobre as novidades do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Dilma
afirma que já foram concedidas 60 mil bolsas para jovens brasileiros estudarem
nas melhores universidades do mundo e agora começa a oferecer bolsas para
mestrados profissionais.
Confira a íntegra da Conversa:
Presidenta, qual foi a novidade que a senhora anunciou nesta
semana para o Programa Ciência sem Fronteiras? (*)
Nós já atingimos uma marca extraordinária do CsF: em dois
anos, concedemos 60 mil bolsas para jovens brasileiros estudarem nas melhores
universidades do mundo. Agora demos um novo passo e, a partir desta semana, o
Programa Ciência sem Fronteiras começa a oferecer bolsas de estudo no exterior
também para o mestrado profissional.
São aqueles cursos de até dois anos que oferecem uma
formação especializada, voltada para o mercado de trabalho. É um curso perfeito
para quem já concluiu o ensino superior e precisa desenvolver ou aperfeiçoar
seu conhecimento para aplicá-lo no seu trabalho. O Brasil precisa desse tipo de
profissional para que a ciência desenvolvida nas universidades e nos centros de
pesquisa seja transformada e rapidamente aplicada, melhorando nossos produtos e
serviços, gerando mais tecnologia e mais riqueza para o nosso País.
Por isso, começamos oferecendo bolsas de estudo para o
mestrado profissional nas melhores universidades dos Estados Unidos, como
Harvard, Columbia, MIT, Illinois, Stanford, Carnegie Mellon e Yale, só para
citar alguns exemplos. Quero ressaltar que essas bolsas são para as mesmas
áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, Engenharia, Ciências Exatas,
Matemática, Química, Física, Biologia, Ciências Médicas, Ciências da
Computação, Ciências da Área de Energia e Ciências da Natureza.
Tenho certeza que essa nova modalidade de bolsa do CsF vai ajudar a dar um salto na formação
profissional e tecnológica dos trabalhadores nas nossas empresas. Das 60 mil
bolsas concedidas até agora, 48 mil foram para estudantes da graduação, que
fazem uma parte do seu curso no exterior e, depois, voltam para concluir o
curso na faculdade aqui no Brasil. Essa experiência no exterior está
enriquecendo muito a formação desses jovens, que têm acesso às últimas
novidades em suas áreas de conhecimento.
Tenho certeza de que, com a nossa meta de oferecer 101 mil
bolsas até o final do ano que vem –75 mil oferecidas pelo governo federal e 26
mil pelas empresas – vamos acelerar o nosso passo rumo à economia do
conhecimento. Até o momento, 14.600 estudantes da graduação já terminaram os estudos
no exterior e voltaram para o Brasil para continuar o curso superior. Eles
voltam muito satisfeitos, trazendo na bagagem o conhecimento que adquiriram e a
experiência fantástica de ter convivido com outras culturas.
E é bom lembrar que o programa está com seleção aberta para
alunos de graduação em vinte países: Estados Unidos, Alemanha, França, Japão,
China, Coreia do Sul, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Áustria,
Noruega, Suécia, Finlândia, Holanda, Bélgica, Itália, Espanha, Hungria e Irlanda.
Esta é uma grande chamada e é preciso ficar atento porque as inscrições
terminam na sexta-feira, dia 6 de dezembro. Só lembrando, para participar do
Ciência sem Fronteiras, o estudante precisa ter feito, pelo menos, 600 pontos
no Enem e ter um bom desempenho na universidade, pública ou privada, aqui no
Brasil. O governo federal paga todos os custos da viagem, a mensalidade da
universidade lá fora, o alojamento, alimentação e também um curso para quem
precisa melhorar o conhecimento do idioma do País em que está cursando a
universidade no exterior.
Antigamente, apenas os estudantes das famílias mais ricas
tinham condições de estudar lá fora, no exterior. Agora, com o Ciência sem
Fronteiras, abrimos essa oportunidade para todo mundo e o único critério que
empregamos para escolher alguém é o do mérito. A única condição é ser um bom
estudante. Temos estudantes brilhantes, esforçados, estudantes de muito valor,
mas que não tinham condições de pagar um curso lá fora, um curso que pode
significar uma mudança de vida para sempre. Agora, esses estudantes brasileiros
podem realizar esse sonho. Outras informações podem ser encontradas no site do
CsF. Esse site tem tudo sobre o programa. Tenho certeza que o Ciência sem
Fronteiras é o começo de uma grande transformação nas nossas universidades, nas
nossas empresas, na produção científica e tecnológica de nosso País.
E é parte do grande investimento que meu governo está
comprometido a fazer na educação, e está fazendo para melhorar da creche ao
pós-graduação em nosso País.
FONTE: PORTAL BRASIL
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