A presidenta Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira
(8), do Programa do Ratinho, do SBT. Durante mais de uma hora de conversa,
Dilma falou sobre diversos assuntos, como a destinação dos recursos do pré-sal
para aplicação em Educação e Saúde, os preparativos para a Copa do Mundo em
2014, o programa Mais Médicos e as manifestações ocorridas no mês de junho. Ao
apresentador, Dilma disse que o mais lhe emociona no exercício da presidência é
poder transformar a vida das pessoas. Ela citou como exemplos de programas que
mudam a vida das pessoas o Minha Casa Minha Vida, o Pronatec e o Bolsa Família.
Confira os principais pontos da entrevista:
Manifestações:
“Vi com uma visão
muito positiva, pois fazem parte do processo de democracia e de inclusão social
do Brasil. As manifestações não pediram para voltar ao passado. As pessoas
queriam mais democracia, mais garantia de direitos e mais qualidade nos serviços
públicos. Tivemos uma atitude de ouvir as ruas e perceber que quem conquista
democracia, quer mais democracia. Ninguém quer ficar parado, quer sempre
avançar”.
Mais Médicos:
“Nós temos uma
grande concentração de necessidade de médicos. Nós vamos fazer um grande
esforço para transformar essa questão. O Mais Médicos não resolve toda a
questão da Saúde. Nós ainda temos que fazer um grande esforço, aumentando a
infraestrutura, criando mais postos médicos, mais unidades de
pronto-atendimento, mais hospitais. Mas não adianta ter hospitais sem ter
médicos”
Royalties do petróleo:
“Eu já tinha
mandado duas vezes para o Congresso (a Lei que destina os recursos do petróleo
para educação). E conseguimos 75% dos royalties para Educação e 25% para a
Saúde, o que é fundamental.
Nós vamos ter uma
quantidade muito expressiva de dinheiro para botar na educação. Não se fará uma
educação de qualidade sem formar professor direito, sem pagar professor
direito. Então vai ter que ser gasto em melhoria da formação dos professores.
Vai ser gasto em expandir todos os programas principais de educação, como por
exemplo, o ensino em tempo integral”.
Copa do Mundo:
Os maiores gastos
do governo federal foram para mobilidade. Foram para os Veículos Leves sobre
Trilhos (VLTs), monotrilhos e BRTs. Nós colocamos recursos do Orçamento da
União nessas obras de mobilidade, de segurança e também em telecomunicações.
Tudo isso vai ficar para o país”.
Encontro com o presidente Barack Obama:
“Eu disse a ele
que inadmissível esse tipo de relação entre países que têm parceria
estratégica. Primeiro, porque afeta direitos humanos, direitos civis, a
privacidade das pessoas. Segundo, porque afeta interesses estratégicos de
empresas brasileiras. Terceiro, porque afeta a nossa soberania. O Brasil queria
desculpas pelo que havia acontecido e queria o compromisso que isso não se
repetiria. Como ele (presidente Obama) não se sentiu em condições de garantir
isso, eu disse a ele que eu não tinha condições políticas de fazer uma visita de
Chefe de Estado”.
FONTE: PORTAL BRASIL
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