sexta-feira, 24 de abril de 2015

EMPREGO SE RECUPERA E CRESCE EM MARÇO


A geração de empregos com carteira assinada apresentou uma recuperação em março, interrompendo uma sequência de três meses em queda. Houve um saldo (diferença entre contratações e demissões) de 19.282 novos postos de trabalho no mês passado em todo o Brasil, um resultado superior às 13.117 vagas surgidas em março de 2014.

A estimativa do Ministério do Trabalho é que a tendência positiva continue em abril e ajude a reverter o número de 50.354 empregos a menos no primeiro trimestre de 2015. No mês passado, o saldo de vagas foi puxado pelo setor de serviços, sobretudo na área de ensino, e pelo desempenho econômico nas cidades do interior.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o País está começando a se recuperar da crise. “No nosso entendimento, estamos vivendo uma crise política que também impacta a economia. Isso posterga a compra de um automóvel, de um apartamento e o investidor deixa de investir”, afirmou, ao divulgar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“O que nos mostra o resultado de março é que nós começamos uma recuperação e abril será melhor do que março”, acrescentou o ministro.

Serviços

As oportunidades de trabalho surgiriam mais em serviços e no comércio, com um saldo mensal de 53.778 novas vagas e 2.684, respectivamente. O resultado nesses segmento compensou as perdas que são mais sentidas na indústria de transformação (queda de 14.683 postos no mês) e na construção civil (18.205 a menos).

As regiões mais dinâmicas foram os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que tiveram saldos positivos. As perdas de empregos ocorreram no Norte e Nordeste. Este último, segundo o ministério, teve a efeito de queda por conta do setor de álcool e açúcar –Pernambuco registrou o fechamento de 11.862 vagas no mês passado.

O estado que mais criou empregos no mês passado foi São Paulo, com 12.907 vagas. Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul (12.240) e Paraná (10.174). Segundo dados do ministério, as cidades do interior concentraram a geração de postos de trabalho: 22.517 em março. Por outro lado, as regiões metropolitanas fecharam 2.595 empregos.

Jovens

O mercado de trabalho terá, em 2015, um ano de pressões com o nível de atividade mais fraco na economia e a maior procura por emprego pelos jovens e pessoas mais velhas. “Há uma tendência de retorno desses grupos de pessoas ao mercado, o que não ocorreu em ano recentes”, avalia Clemente Ganz Lucio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


 Segundo ele, a desvalorização do real frente ao dólar beneficia a indústria que pode estimular as exportações e assim estimular a geração de empregos. “Tudo depende de quanto vai durar o atual ajuste na economia. E o emprego industrial é muito importante para toda a economia”, afirmou o diretor do Dieese.

FONTE:PORTAL BRASIL

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