A trabalhadora rural Maria Aparecida Miranda, de 51 anos,
mora em Viçosa (MG). Desde muito jovem ela trabalha na lavoura debaixo do sol,
mas foi só depois que descobriu que tinha câncer de pele é que passou a tomar
cuidado.
"Toda vida eu trabalhei na zona rural. Eu nunca conheci
o protetor solar. Deu uma mancha roxa na minha perna e começou a sangrar.
Primeiramente, estava parecendo uma tatuagem. Aí depois ela foi crescendo. Eu
estava fazendo uns exames e fui marcar outro exame, só que eu fui de bermuda.
Aí um dentista viu e ficou preocupado. Eu nem sabia o que era dermatologista.
Aí uma dermatologista mandou fazer uma pequena cirurgia pelo SUS e fui muito
bem atendida."
O chefe do serviço de dermatologia do Inca, Instituto
Nacional de Câncer, Dorival Lobão, explica como identificar um possível caso de
câncer de pele.
"Qualquer tipo de ferimento que apareça na sua pele,
principalmente em áreas expostas ao sol naturalmente, que são: cabeça e
pescoço, dorso das mãos. Qualquer ferimento que permaneça sem cicatrizar no
período de 15 dias, pode achar que é uma lesão suspeita, portanto, deve ser
procurado um médico. Isso é em relação ao câncer de pele não melanoma. Em
relação ao câncer de pele melanoma, que são aquelas pintas bonitinhas pretas
brilhante irregular, que começa a mudar de formato e começa a ter alguns
sintomas, como: coceira, sangramento e as bordas se tornam mais irregulares e
mudando de cor. Tudo isso, você deve ficar alerta e procurar um
especialista", alerta
Segundo Lobão, o fundamental para se prevenir do câncer de
pele é se proteger do sol."Todos esses cânceres de pele, a principal causa
é o sol. É fundamental que as pessoas se protejam do sol e fujam do sol sempre
que possível. Na impossibilidade disso, utilize filtro solar. O SUS oferece
todo tipo de tratamento e todo serviço de dermatologia do SUS, a gente
acompanha e trata todos os tipos de câncer de pele."
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que a
cada 500 mil casos de câncer, ou seja, meio milhão, pouco mais de 125 mil serão
de câncer de pele.
Fotoproteção
A Sociedade Brasileira de Dermatologia também divulga, em
seu site, dicas para evitar maiores complicações. A exposição à radiação
ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo
capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de
pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas.
A exposição solar em excesso também pode causar tumores
benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o
carcinoma espinocelular e o melanoma.
Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada
à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco.
Protetores solares
Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares
ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela
exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura
solar.
O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter
boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à
água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou
químicos ou orgânicos.
Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido
de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as
radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de
deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado
pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam
como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em
calor.
Saiba como evitar o câncer de pele
Fonte:
Blog da Saúde
Sociedade Brasileira de Dermatologia
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