Até esta quinta-feira (11), 10,8 milhões de crianças foram
vacinadas contra poliomielite e 8,7 milhões contra sarampo, o que representa
85% e 79,8% do público-alvo, respectivamente.
A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças,
cerca de 12 milhões, para manter a erradicação da poliomielite e garantir a
eliminação do sarampo no Brasil. Cerca de dois milhões de crianças, destes dois
grupos, ainda não foram vacinadas.
O objetivo do Ministério da Saúde é promover a vacinação
contra a poliomielite a 12,7 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos
de idade incompletos. A medida tem como objetivo manter a erradicação da doença
no Brasil, que não apresenta casos de poliomielite desde 1990. Para isso, o
Ministério distribuiu 17,8 milhões de doses da VOP (Vacina Oral Poliomielite)
durante a campanha.
Já a vacinação contra o sarampo é voltada para crianças
entre um e cinco anos de idade (incompletos). Devem ser vacinadas 10,9 milhões
de crianças com a tríplice viral. O Ministério da Saúde distribuiu mais de 11,8
milhões de doses da vacina, que, além de imunizar contra o sarampo, também
garante a proteção contra a rubéola e a caxumba.
“Essas duas doenças são graves e a vacina é a melhor forma
de prevenção. Por isso, é fundamental que consigamos vacinar todas as crianças,
na faixa etária de seis meses a cinco anos de idade incompletos. Ainda dá
tempo”, observa o ministro da Saúde,
Arthur Chioro.
As vacinas estão disponíveis em 35 mil postos de vacinação
espalhados pelo País. A campanha se encerra nesta sexta-feira (12).
Alergia
Para as crianças com alergia à proteína do leite de vaca, a
vacinação contra sarampo ocorrerá posteriormente. O Ministério da Saúde já
orientou as secretarias estaduais e municipais de saúde que evitem vacinar
essas crianças com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of
India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do
componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório.
Para garantir a vacinação correta, os pais ou responsáveis
que levarem as crianças aos postos de saúde serão questionados sobre uma
possível alergia à proteína do leite de vaca. Caso a criança não tenha registro
prévio de alergia, ela receberá a dose normalmente.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a
única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a
criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam
o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos
membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá,
principalmente, por via oral.
Embora, atualmente, o Brasil esteja livre da paralisia
infantil, é fundamental a continuidade das campanhas de vacinação, para evitar
a reintrodução do vírus no País. De acordo com dados da Organização Mundial de
Saúde (OMS), 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo
que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).
Sarampo
O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente
contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas
avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa,
por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.
As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do
sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
A única forma de prevenção também é por meio da vacina.
Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no
Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou
relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará.
No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da
doença, de acordo com a OMS. Cabe ressaltar que, com o fluxo de turismo e
comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a
importância da imunização.
Fonte: Ministério da Saúde
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