De acordo com Ana Célia Lisboa Costa, gerente executiva do
ensino médio e profissional da Paraíba, o estado tem 386 escolas de ensino
médio, das quais 90 trabalham exclusivamente nesta etapa de ensino, e 8.197
professores. A expectativa da secretaria de educação é iniciar a formação
continuada dos docentes e dos coordenadores pedagógicos, em cada escola, na
segunda quinzena de março.
Pela receptividade manifesta pelos professores nas duas
últimas semanas, Ana Célia avalia que a adesão ao pacto deve alcançar 100% dos
educadores. A formação continuada no espaço da escola, e dentro da jornada de
trabalho, e a bolsa de R$ 200 mensais, segundo a gerente executiva do pacto,
são elementos motivadores da adesão.
O Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio é uma proposta
do Ministério da Educação, lançada em 2013, de oferecer formação continuada aos
professores do ensino médio nas 27 unidades da Federação. Para que se
concretize, o pacto depende da adesão das secretarias estaduais, de
universidades públicas e dos professores do ensino médio. Conforme dados do
censo escolar, o País tem 495,6 mil docentes desta etapa do ensino, que
lecionam em 20 mil escolas públicas. Os 26 estados e o Distrito Federal
aderiram ao pacto e agora é a vez da adesão dos professores.
Segundo a diretora de apoio à gestão educacional da
Secretaria de Educação Básica do MEC, Yvelise Arco Verde, cada estado está
fazendo seu desenho de formação continuada. “Alguns se articularão com apenas
uma universidade, outros com várias. Cada estado tem sua trajetória e nós
estamos respeitando essas relações.” O início dos cursos de formação também vai
variar bastante, explica a diretora. Eles devem acontecer entre fevereiro e
abril.
Yvelise destaca dois fatores importantes, que devem ser
mantidos para a unidade do pacto: a formação continuada com base na articulação
da educação básica e ensino superior, e a formação no espaço da escola, esta
com a utilização da hora atividade como tempo de estudo, previsto na lei que
instituiu o piso nacional de salário dos professores.
Santa Catarina
Com 725 escolas públicas do ensino médio e cerca de 12 mil
professores, a secretaria estadual de educação de Santa Catarina fez parceria
com as universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e da Fronteira Sul
(UFFS), que vão fazer a coordenação geral do pacto, e com a Universidade do
Estado de Santa Catarina (Udesc), que fará a coordenação adjunta. O desenho do
pacto no estado reúne também instituições comunitárias, que se distribuem em
todas as regiões, e que serão responsáveis pela qualificação dos formadores
regionais.
Maike Cristine Kretzschmar Ricci, gerente do ensino médio,
explica que a secretaria de educação elaborou um roteiro de atividades do pacto
que será discutido com as universidades. A proposta é construir um cronograma e
realizar os seminários de formação neste mês e em março. Ela diz que a
receptividade dos professores está muito boa, especialmente porque eles
valorizam a formação e a possibilidade de um encontro de estudo e debate com
educadores das universidades. “A formação continuada valoriza e dá brilho ao
olhar do professor”, segundo a gerente.
Em Santa Catarina, na avaliação de Maike, o pacto promove um
novo movimento e a oportunidade de atualizar a proposta de currículo do ensino
médio, tema que os educadores do estado debatem e estudam há 25 anos.
Tocantins
Com uma rede com 243 escolas de ensino médio e 5.549
professores, Tocantins entra no Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio em
parceria com a Universidade Federal de Tocantins (UFT). Sâmia Maria Carvalho de
Macedo, coordenadora do ensino médio, informa que o estado fez o seminário
preparatório no final de 2013 e que as escolas já começaram a cadastrar os
professores. Até esta sexta-feira, 7, 126 escolas tinha iniciado o cadastro,
mas a expectativa é ter a adesão de todos os educadores.
Segundo Sâmia, a secretaria e a UFT elaboram este mês o
calendário de atividades, que compreende seminários e encontros de formação
para os dois semestres de 2014. A secretaria estadual de educação trabalha para
iniciar a formação dos professores em março.
Bolsas
Todos os educadores – das instituições de ensino superior,
das secretarias de educação e os professores cursistas – que fazem parte do
pacto receberão bolsas mensais durante todo o período de formação. As bolsas,
que serão pagas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), se
dividem em sete tipos, conforme as atribuições dos educadores: R$ 2 mil para o
coordenador-geral da instituição de ensino superior; R$ 1,4 mil para o
coordenador-adjunto da instituição de ensino superior; R$ 1,2 mil para o
supervisor; R$ 1,1 mil para o formador da instituição de ensino superior; R$
1,1 mil para o professor formador regional do pacto nos estados e Distrito
Federal; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 200 para o professor cursista e
para o coordenador pedagógico.
Fonte:
Ministério da Educação
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