No Dia Mundial do
Doador de Sangue, comemorado nesta terça-feira (14), o Ministério da Saúde
alerta que apenas 1,9% da população doa sangue. O ideal para suprir as
necessidades seria que esse índice subisse para 3%. Dados do Hemocentro de São
Paulo mostram que até quatro pessoas podem ser beneficiadas com uma doação.
Para o técnico
administrativo Jarbas Rocha, doar sangue é uma rotina. Há cerca de 30 anos, ele
doa três ou quatro vezes por ano. “Comecei a doar porque alguém do trabalho
precisou, depois continuei doando já que sempre tem alguém precisando”.
Foi vendo o pai
doar que o analista de sistemas Raoni Rocha, filho de Jarbas, também resolveu,
aos 18 anos, adotar essa rotina. “É só uma picadinha, não dá para assustar.
Vale a pena, ajuda muita gente”, disse.
“Quando a gente
precisa é que vê o quanto é importante fazer a doação rotineira”, lembrou o
fisioterapeuta Lívio Fortes, que há três anos teve dengue hemorrágica e
precisou receber planquetas - as células do sangue cuja função é ajudar na
coagulação, evitando sangramento em excesso. “Como eu era doador, tinha
prioridade para receber a transfusão, mas meu sangue não é muito comum e não
tinha em estoque, o AB positivo, e meus amigos correram atrás de doadores
compatíveis”, lembrou.
A quantidade de
sangue colhida não afeta a saúde do doador, a recuperação é imediata. Na hora
de doar, todos passam por uma entrevista que tem o objetivo de dar mais
segurança ao doador e aos pacientes que receberão a doação. O sangue doado é
testado para doenças como hepatite B, hepatite C, HIV, HTLV, sífilis e doença
de Chagas.
Podem doar pessoas
maiores de 18 e menores de 68 anos, que tenham mais de 50 quilos. Jovens com 16
ou 17 anos também podem doar, desde que tenham autorização do responsável
legal. No dia da doação, é preciso apresentar documento com foto, emitido por
órgão oficial e válido em todo o território nacional.
Mulheres grávidas,
que tiveram parto normal há menos de 90 dias ou cesariana há menos de 180 dias
ou que estejam amamentando, ficam temporariamente impedidas de doar
sangue. Pessoas resfriadas devem esperar o desaparecimento dos sintomas e quem
fez tatuagem deve aguardar 12 meses para fazer a doação.
De acordo com o
Decreto-Lei 5.452, o doador tem direito a um dia de folga no trabalho a cada 12
meses trabalhados, desde que a doação esteja devidamente comprovada. Esse
direito também se estende ao funcionário público civil de autarquia ou militar,
conforme preconiza a Lei Federal 1.075.
FONTE: PORTAL BRASIL
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