Os efeitos multiplicadores do programa Bolsa Família são
maiores quanto mais as transferências de renda se focalizam nos mais pobres,
sobretudo porque estas famílias têm grande demanda reprimida e possuem maior
propensão a consumir.
Para cada real a mais transferido pelo Programa Bolsa
Família, o consumo final total aumenta R$ 1,98 e o das famílias, R$ 2,40. Como
todas as transferências são feitas para famílias, os multiplicadores, nesse
caso, são maiores do que quando se considera o consumo final de todos os
setores institucionais.
É o quem mostra o estudo “Bolsa Família: uma década de
inclusão e cidadania”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea).
“De todo modo, a magnitude do efeito do Programa Bolsa
Família (PBF) chama a atenção, principalmente quando este é comparado a outras
transferências focalizadas, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
[repassado pelo Ministério da Previdência]. Também vale destacar a semelhança
com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e os Regimes Privados da
Previdência Social (RPPS), apesar dos últimos serem mais desigualmente
distribuídos”, afirma levantamento do Ipea.
Os resultados da pesquisa revelam que as transferências que
privilegiam as famílias mais pobres têm os maiores efeitos multiplicadores. O
Programa Bolsa Família, em particular, apresentou os melhores números entre as
sete transferências sociais analisadas pelo estudo, para todos agregados de
interesse.
FONTE: PORTAL BRASIL
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