Para inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho,
é necessário garantir acessibilidade urbana, com transporte público adaptado e
rampas nos espaços públicos
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Pessoas com deficiência ganham mais direitos
A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência completa 24 anos
nesta sexta-feira (24). Desde que foi criada, a medida estabelece que empresas
com mais de 100 empregados devem destinar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas
com deficiência.
Nos últimos cinco anos, segundo dados do Ministério do
Trabalho e Emprego, houve aumento de 20% na participação das pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. De acordo com os números do último
Relatório Anual de Informações Sociais (Rais), em 2013, foram criados 27,5 mil
empregos para pessoas com deficiência.
Com o resultado, chegou a 357,8 mil o número de vagas
ocupadas, quando computadas empresas públicas de regime estatuário e as que
contratam de forma espontânea.Os homens representam 64,84% dos empregados e as
mulheres ocupam 35,16% das vagas.
Por estado, e seguindo a proporcionalidade, as empresas do
Rio Grande do Sul aparecem em primeiro lugar nas ações de inclusão social e
manutenção destes empregos, chegando a 52% de cotas cumpridas. Em seguida estão
o Espírito Santo (47%); Santa Catarina (45%); São Paulo (45%) e Ceará
(44%).
Fiscalização
O Departamento de Fiscalização do Trabalho, da Secretaria de
Inspeção do Trabalho (SIT), fixou a partir deste ano, metas obrigatórias de
fiscalização diferenciadas por estado, a fim de garantir que as empresas que
contrataram funcionários pela Lei de Cotas, mantenham esses trabalhadores no
seu quadro de empregados.
“A legislação contribuiu para ampliar a participação de
pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas ainda é pequeno o
percentual de contratações por empresas que não são obrigadas a cumprir a
lei", de acordo com a auditora fiscal do trabalho, Fernanda Maria Pessoa
di Cavalcanti.
Fernanda sugere que para ampliar a inserção dos deficientes
no mercado de trabalho é necessária à conscientização da sociedade por meio da
educação e de um sistema público de oferta e vagas para os deficientes como o
modelo atual do Sistema Nacional de Emprego (Sine), do Ministério do Trabalho.
A intenção da fiscalização do MTE, não é apenas inserir a
pessoa com deficiência no mercado de trabalho, mas garantir sua manutenção e
sua progressão no emprego, com igualdade de oportunidades. Segundo Fernanda
Maria Di Cavalcanti, a fiscalização é responsável direta, a cada ano, por pelo
menos 30% da inclusão das pessoas com deficiência, que ingressam no mercado de
trabalho. “É uma contribuição imensa, mas o ideal seria que as empresas não
precisassem ser fiscalizadas para cumprir seu papel social”.
Os maiores desafios para a fiscalização estão em estados
como Tocantins, onde o percentual de pessoas com deficiência mantidas no
emprego é de apenas 15%. Em seguida, estão Acre (15%); Amapá (16%); Maranhão
(17%) e Roraima (18%).
Neste ano, o Brasil comemora outro marco de importância no
campo da garantia de direitos para as pessoas com deficiência: a aprovação pelo
Congresso Nacional da Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência
(LBI), sancionada pela Presidência da República no dia 6 de julho deste ano e
que passará a valer a partir de 2 de janeiro de 2016.
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério do Trabalho e
da Agência Brasil
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