As usinas de Angra 1 e Angra 2 passarão por rigorosos testes
e simulações de acidente. Entre os dias 10 e 12 de setembro, o Exercício Geral
do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em
Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, avaliará a eficácia dos planos de ação de
emergência nas duas usinas nucleares brasileiras. Serão realizadas simulações
de acidentes a fim de identificar possíveis pontos fracos e aperfeiçoar os
procedimentos de segurança das centrais.
Realizado a cada dois anos, o exercício é prova do cuidado
das autoridades com a segurança da geração de energia nuclear no Brasil.
Participam do exercício autoridades civis e militares, como as Forças Armadas,
polícias Militar e Rodoviária Federal, Bombeiros, autoridades hospitalares e
Defesa Civil, que coordenará as simulações. Profissionais da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (Cnen) ficarão de prontidão para medir a radioatividade na
região e prestar socorro a quem possa ter entrado em contato com a radiação.
Até hoje nunca foi registrado qualquer acidente relevante
nas usinas nucleares brasileiras. Cada simulação conta com a participação de
peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essa troca de experiências já
resultou na revisão da legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento
contínuo do plano de emergência, realizado anualmente desde 1996.
Simulações envolvem a população local
O exercício deste ano terá dois dias de atividades
ininterruptas nas usinas, envolvendo simulações de cenários em que ocorra a
liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de
emergência nas imediações. Parte dos moradores de um raio de 5 km em torno das
usinas, incluindo habitantes das ilhas próximas, será removida e abrigada em
escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram
convidados e participam voluntariamente dos exercícios.
FONTE: PORTAL BRASIL
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