quinta-feira, 10 de setembro de 2015

GOVERNO DESENVOLVE SERVIÇO PARA EVITAR MORTES POR RAIOS

Governo desenvolve serviço para evitar mortes por raios

Localizado em São José dos Campos (SP), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou na última sexta-feira (4), durante a cerimônia de 54º aniversário do instituto, um serviço inédito de previsão de raios no Brasil. Com a ferramenta, será possível prever a incidência de raios com antecedência de 24 horas.

O sistema foi desenvolvido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe e estará disponível no próximo verão para uso dos veículos de comunicação de todo o País, a exemplo do que já ocorre com a previsão do tempo. O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo, com 50 milhões de descargas atmosféricas por ano.

A ocasião contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e do diretor do Inpe, Leonel Perondi, além de outras autoridades e servidores. O sistema foi apresentado à imprensa após a solenidade.

O sistema de previsão da incidência de raios deve diminuir as mortes causadas por essas descargas elétricas, avalia o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, Osmar Pinto Júnior.

"A expectativa é baixar o número anual de mortes para 20 ou 30, dentro de cinco ou dez anos", explicou o pesquisador. Ele acrescenta que a maioria das fatalidades é evitável. "Com as nossas ações, a média já vem caindo. Era de 130 na década passada, hoje é de 110."

Segundo o coordenador, o sistema foi operado pelo Inpe no úlitmo verão, em caráter de teste, e o nível de acerto foi de 85%.

Agravamento

Na solenidade de aniversário, Osmar Pinto Júnior disse que é consenso que, de modo geral, a incidência de raios aumentará com o aquecimento global.

"No Brasil, o fenômeno pode diminuir em algumas regiões, como o Nordeste, mas deve aumentar na Amazônia e no Sudeste", comentou.

Os especialistas também preveem uma maior frequência de tempestades severas, e que a crescente urbanização contribui para esse quadro.

"Em São Paulo, já há tempestades em que, em poucas horas, 3 mil raios atingem o solo. No Rio de Janeiro, algumas já ultrapassam a marca de 2 mil. E aqui, em São José, já foram registradas algumas com mais de mil", destacou.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



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