O Brasil vai substituir fontes mais caras de geração de
energia por outras de menor custo. Essa deverá ser a orientação da política
energética brasileira, segundo o secretário-executivo do Ministério de Minas e
Energia, Luiz Eduardo Barata. O objetivo é superar o déficit de geração
hídrica.
Como atualmente a base energética do Brasil é hidrotérmica,
o Ministério vai aumentar a participação de fontes que garantam segurança
energética. “Além disso, o Brasil vem buscando a diversificação das fontes, com
a inserção de mais energia renovável”, enfatizou Barata, na segunda-feira (31),
durante reunião do conselho empresarial de Energia Elétrica da Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Nesse sentido, fontes como a biomassa e o gás natural terão
importante papel na matriz energética brasileira para geração de base térmica e
renovável. Para o secretário-executivo, apesar de ainda haver dificuldades,
como a escassez de gás no País, essas fontes permitem gerar energia com menor
custo do que as usinas térmicas a óleo, o que ajudará a baratear a eletricidade
consumida.
Ainda entre os esforços de expansão da oferta de energia, a
preços mais compatíveis com o praticado internacionalmente, o secretário-executivo
afirmou que o Brasil conta com potencial de crescimento hidrelétrico de 50 mil
MW a 60 mil MW. Nesse sentido, o governo vem trabalhando para levar a leilão as
usinas do rio Tapajós (PA), como a Usina de São Luiz do Tapajós e a Usina de Jatobá.
"A Empresa de Pesquisa Energética tem planos de
construir São Luiz do Tapajós e Jatobá. E nossa expectativa é que tão logo os
estudos estejam concluídos possamos licitar São Luiz do Tapajós", afirmou.
Como exemplo dessa política, o secretário mencionou também o
1º Leilão de Energia de Reserva (LER), realizado na sexta-feira (28). Para o
secretário, o resultado do leilão, com contratação de 1.043,7 megawatts-pico
(MWp) de potência em usinas de energia solar e investimentos previstos de R$
4,341 bilhões, foi um grande passo para o setor.
A energia nuclear é outra que fará parte desse processo de
substituição de fontes. Na próxima década, mais quatro usinas nucleares devem
ser instaladas no Brasil. "Há possibilidade de discutirmos o modelo de
construção dessas usinas", afirmou Barata.
Potencial de energia solar em flutuadores
Para viabilizar ainda mais a ampliação da energia solar na
matriz energética brasileira, Barata relembrou ainda que está em curso um
projeto para estudar o potencial de geração de energia solar em flutuadores,
colocado na superfície dos reservatórios das hidrelétricas de Balbina e
Sobradinho. O resultado desses projetos será analisado e outras experiências
poderão ser viabilizadas.
Fonte:
Ministério de Minas e Energia
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