A Universidade de São Paulo (USP) aprovou, nessa
segunda-feira (23), a adesão parcial ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem)
como alternativa ao vestibular. A medida, aprovada pelo conselho universitário
da instituição, passa a valer já para a seleção de alunos das turmas de 2016.
As unidades que adotarão a medida reservarão 13,5% das vagas
para serem preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que leva em
conta as notas obtidas pelos candidatos no Enem. Dessa forma, do total de
11.057 vagas oferecidas no próximo vestibular, neste ano, 1.489 serão
destinadas ao Sisu e 9.568 vagas continuarão a ser selecionadas pela Fuvest.
As vagas serão divididas em: 413 para a área de ciências
exatas e tecnologia, 348 na área de ciências biológicas e 728 em humanidades.
As faculdades também decidiram usar o mesmo critério do
Ministério da Educação (MEC) para a forma de classificação dos candidatos. De
acordo com o sistema, os estudantes são classificados como ampla concorrência,
candidatos que, independentemente de renda, tenham cursado integralmente o
ensino médio em escolas públicas e candidatos autodeclarados pretos, pardos ou
indígenas que, independentemente da renda, tenham cursado integralmente o
ensino médio em escolas públicas.
Essa também é a primeira vez que a USP utiliza uma seleção
baseada no critério racial. Das 11.057 vagas dos cursos da USP para 2016, 225
estão reservadas para alunos pretos, pardos ou indígenas selecionados pelo
Sisu.
“Essa foi uma decisão histórica para a Universidade, pois
representa uma grande oportunidade para estudantes do Brasil inteiro
ingressarem na USP, principalmente, para aqueles oriundos de escolas públicas”,
destacou o reitor, logo após o término da reunião.
Das 42 Unidades de Ensino e Pesquisa da USP, sete não
disponibilizaram vagas para o Sisu. As faculdades de Medicina e de Economia e
Administração e a Politécnica estão entre as unidades que não adotaram o novo
modelo de ingresso com base no Enem.
Também não vão adotar o Sisu, a Escola de Engenharia de São
Carlos, o Instituto de Física (SP), o Instituto de Química de São Carlos, a
Faculdade de Odontologia (SP). Além dessas, a Escola de Comunicações e Artes
(ECA), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e o Instituto de
Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU) não aderiram ao sistema, pois a
seleção dos novos alunos dessas Unidades conta também com provas de habilidades
específicas.
“É um começo, eu acho que para quem não tinha nenhuma, é
bastante. Na visão daqueles que têm uma expectativa de uma oferta muito mais
ampla, ainda é pouco, de tal maneira que é sempre assim na universidade, foi
assim aqui no conselho, alguns consideraram as medidas insuficientes e outros
consideraram bastante avançadas”, disse o reitor.
Clique aqui e acesse a tabela completa dos cursos e vagas.
Fonte:
Portal Brasil, com informações da Universidade de São Paulo
e Agência Brasil
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