Qual a primeira imunoglobulina sintetizada pelo feto? Qual a
única imunoglobulina capaz de passar pela placenta? Essas e outras perguntas
fazem parte do jogo Imunoreal, criado pela professora-pesquisadora Flávia
Ribeiro, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). O
objetivo do jogo é estimular o processo de aprendizagem dos alunos do Curso
Técnico de Nível Médio em Saúde na habilitação de Análises Clínicas.
“Sempre me interessei em pesquisar e criar estratégias
didáticas a fim de facilitar a aprendizagem desse conteúdo complexo. Criei o
jogo porque, assim como faço nas aulas, tento fazer associações para facilitar
o entendimento da matéria pelos alunos”, conta Flávia, que ministra a
disciplina de Imunologia desde 2008.
O Imunoreal é um jogo de perguntas e respostas, com 40
cartas que possuem uma questão e cinco opções de resposta. Sua função é revisar
o conteúdo ministrado na disciplina de Imunologia, que estuda as células e os
órgãos e sua interação no sistema imunológico.
Opção para as aulas de Química
Para jogar, a turma é dividida em quatro equipes, que
escolhem um nome para o time, como Ig Ótimos, Ostimócitos, Imunoglobinas Perspicazes,
entre outros relacionados ao conteúdo da disciplina. Após sortear a equipe que
vai começar, um representante do grupo escolhe uma carta com uma pergunta. O
aluno, então, diz se vai responder à pergunta sozinho ou com a ajuda da equipe.
Após a resposta, a turma discute se a alternativa escolhida está correta ou não
e, depois, Flávia explica qual é a resposta certa. “Ao mesmo tempo em que o
aluno se sente desafiado a responder sozinho, o jogo estimula o trabalho em
equipe e a competitividade”, diz a professora.
“O jogo me ajudou muito a entender melhor a matéria. A
dinâmica do jogo faz a gente gravar mais os conteúdos do que quando a gente só
tem a aula teórica”, diz a aluna Adriana Oliveira, sugerindo a utilização de
jogos para a disciplina de Química, cujo conteúdo também é complexo.
Flávia destaca que, nessa faixa etária, os jovens estão
sujeitos a um bombardeio de informações que desviam a atenção deles, por isso,
é importante buscar alternativas didáticas que chamem a atenção desses alunos e
facilitem a compreensão do conteúdo ministrado. “Os adolescentes estão na fase
que alguns autores chamam de ‘tempo de dispersão’, então é um desafio grande
conseguir atrai a atenção desses jovens”, ressalta a professora.
Fonte:
Fundação Oswaldo Cruz
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